sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Inteligência financeira: alternativas de renda além do salário


Você já organizou seu orçamento e tem o hábito de poupar uma determinada quantia por mês, pensando no futuro ou planejando alguma aquisição, um sonho de consumo.

Que tal, além de poupar, fazer o dinheiro trabalhar por você e ter, nos investimentos, alternativas de renda além do salário?

Imóveis que podem render o pagamento do aluguel, aplicações que rendem juros, ações que pagam dividendos... Essas são só algumas formas de não deixar o dinheiro parado e assim garantir uma renda extra ao final de determinado período.

Em outras palavras, uma estratégia de investimento bem-sucedida permite que a quantia poupada hoje cresça mais do que a inflação durante o período em que estiver investida, o que permitirá o aumento do poder aquisitivo futuro.

Fazendo o dinheiro crescer

A frequência da poupança, aliada ao poder multiplicador dos juros, pode provar que um pequeno esforço, porém realizado de forma contínua, pode gerar um bom resultado. Quer saber como?

O poder multiplicador - Investindo constantemente, você não somente aumenta o seu patrimônio com o que consegue guardar, mas também se beneficia dos juros sobre os recursos que investe. Essa situação é particularmente favorável em países com juros ainda elevados, como o Brasil.

Qualquer recurso que sobra deve ser investido. Caso contrário, você estaria trocando mais recursos no futuro por um consumo no presente. A questão não é simplesmente acumular mais dinheiro: deixar de gastar R$ 200 hoje pode permitir que você compre algo que custará R$ 300 ou mais no futuro, dependendo do tempo e do retorno que conseguir obter.

Frequência - Muitas vezes não é o valor que você investe que faz a diferença, mas sim a freqüência na qual você consegue aplicar. Ao investir sempre, dentro de intervalos definidos, o esforço parece menor.

Poupar e ter recursos para investir significa abrir mão do consumo presente para poder ter mais no futuro para atingir seus objetivos. Ao fazer isso gradualmente, você faz a "batalha" entre poupança e consumo ficar mais fácil. Afinal, pequenas quantias não proporcionam a chance de consumir muita coisa, o que é mais fácil de aceitar.

Na hora de investir, o que considerar?

Uma estratégia de investimento bem-sucedida não é feita por decisões esporádicas e pontuais, e sim de muito planejamento. O que considerar, então, na hora de escolher onde colocar o dinheiro?

Definindo objetivos

Antes de decidir como investir o seu dinheiro, você precisa ter em mente qual o seu objetivo: você quer comprar uma casa, pagar seus estudos, garantir um pé de meia para emergências? É com base em suas metas que poderá definir, por exemplo, o prazo pelo qual poderá manter o dinheiro aplicado. Prazo este que terá implicações sobre o risco e liquidez da sua aplicação.

Como? Simples: quanto mais tempo (prazo) você tiver para alcançar o seu objetivo, mais risco pode correr, pois caso venha a sofrer perdas, terá mais tempo para recuperá-las. Raciocínio semelhante permite entender que, quanto maior o prazo, menor a necessidade de liquidez. Para quem não sabe, a liquidez de uma aplicação é determinada como sendo o tempo necessário para transformá-la em dinheiro. Portanto, quando o prazo é longo, você tem mais tempo para isso, e a necessidade de liquidez é menor.

Que tipo de risco quer correr?

É extremamente difícil chegar a uma medida de risco que valha para todas as pessoas, já que cada um encara riscos de uma forma distinta.

De maneira geral, pode-se afirmar que, se você perde o sono com a oscilação de preço dos seus investimentos, e tem como maior preocupação a proteção do seu dinheiro, o melhor é optar por aplicações mais conservadoras, como a renda fixa, por exemplo. Por outro lado, se você está preparado para as oscilações do mercado e tem como objetivo fazer o seu dinheiro crescer, provavelmente se interessará por aplicações mais arriscadas, como é o caso da renda variável.

Lembre-se: ninguém se transforma em um investidor bem-sucedido da noite para o dia. Entender o funcionamento do mercado, assim como a sua personalidade enquanto investidor, exige tempo e paciência. E, mais do que tudo, disposição para aprender com os próprios erros! Afinal, se é assim que funciona no mundo real, por que haveria de ser diferente no mundo dos investimentos?


Fonte:Finanças Práticas

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Como administrar uma crise financeira?

Tudo em seu dia-a-dia estava perfeito. Trabalho, casa, amigos, família em total equilíbrio. Porém, a situação dá uma guinada e você, de repente, se vê no meio do furacão. As despesas aumentam e você não consegue honrar seus compromissos financeiros, a situação no emprego já não é mais tão estável; amigos e parentes se mostram cada vez mais distantes. O que fazer quando isso acontece?

Análise real do orçamento
Passado o susto, o melhor a fazer é analisar friamente o seu orçamento. Coloque nele sua receita real, se ainda contar com uma, e todas as despesas mensais. Liste aqui não apenas as contas de água, luz, telefone, celular etc., mas também as despesas com compras para a casa, vestuário, alimentação e medicamentos. Leve tudo em consideração.

Nesta hora você poderá se surpreender em como já vinha acumulando gastos maiores do que seu ganho, num padrão além do ideal, levando-o a uma situação difícil como esta. Porém, a hora não é de se lamentar: você pode solucionar tudo, desde que arregace as mangas e se direcione para o "ataque".

Corte de despesas
Visando o seu bem estar e o de sua família, não tenha medo de cortar para valer algumas despesas. Existem muitos itens em nosso dia-a-dia que podem ser dispensados numa situação como essa. Você sentirá uma queda em seu padrão de vida, mas, por outro lado, poderá pagar suas contas e isso é o principal.

Evite cair na tentação de contrair empréstimos para quitar dívidas. Opte por este caminho somente se não houver alternativa. Lembre-se: uma dívida leva à outra. O mais seguro, neste caso, é que você negocie suas pendências e corte o máximo possível de custos.

Apoio da família
Caso tenha filhos e cônjuge, procure envolvê-los na situação. É claro que você não passará aos seus filhos uma preocupação enorme que deve ser sua, mas é sempre saudável manter a transparência, fazendo com que colaborem na economia da casa, reduzindo a duração de uma conversa no telefone, pensando duas vezes antes de demorar no banho, enfim, travando uma verdadeira batalha contra as despesas.

Quanto ao seu companheiro, ou companheira, o ideal é que fiquem mais unidos do que nunca, compartilhando decisões e responsabilidades. Nesta hora, duas cabeças pensando conseguem melhores soluções para o problema que é importante sim, mas que não deve ser supervalorizado. Isso levaria a crise financeira para a vida pessoal, o que teria conseqüências ainda piores.

Fontes alternativas de renda
Se a crise financeira ocorre, mesmo você estando empregado, talvez seja interessante analisar sua situação profissional. Seu salário é compatível ao que você faz? Há chance de negociação? Caso isso não seja possível, procure, de forma criativa, buscar fontes alternativas de renda.

Caso sua esposa não trabalhe, esta pode ser a hora de começar a exercer uma atividade que lhe garanta algum retorno. O mesmo vale para os seus filhos, caso tenham idade suficiente para bancar seus estudos, por exemplo. Para isso, terá que mudar sua mentalidade. Não se sinta fracassado ou impotente diante de uma situação. Ao contrário, sinta que conta com uma família realmente estruturada para superar situações difíceis. E lembre-se: o problema, por mais difícil que pareça, é passageiro.


Fonte: Finanças Práticas

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Fique de olho na hora de parcelar suas compras



Você já sabe que controlar o orçamento é fundamental para sua saúde financeira. Segurar seus gastos faz parte dessa tarefa, já que todas as suas relações de consumo refletem diretamente no seu bolso.

Aprenda a negociar e faça uso dos seus direitos. Se a intenção é mesmo de comprar algo, certifique-se de ter pleiteado, e conseguido, as melhores condições para isso. Uma das principais dúvidas do consumidor se refere à possibilidade de parcelar o pagamento de suas compras.

Parcelar ou não?
Hoje em dia, nem sempre você consegue garantir um desconto no pagamento à vista, por melhor que seja a sua habilidade de negociar. Ao invés disso, os varejistas oferecem a possibilidade de pagamento parcelado sem juros.

A razão para isso é simples: para o consumidor, parece mais vantajoso o fato de comprar algo mais caro, porém em suaves prestações que não afetarão tanto seu orçamento, do que se desfazer de uma alta quantia de uma única vez...

Mas, pense da seguinte forma: se você tiver que pagar à vista um celular de R$ 500, você nem sempre se planeja. Mas, se puder parcelar em 10 vezes, talvez não se importe de comprar o aparelho por R$ 750 (ou seja, 50% mais caro), pois a prestação (R$ 75) ainda caberá no seu orçamento.

A menos que você mantenha um controle bastante bom dos seus gastos, o acúmulo de compras parceladas pode, sim, levá-lo ao descontrole financeiro. Por isso, fique atento às reais condições de pagamento!

Planeje a realização dos seus sonhos
Isso não significa abrir mão de seus sonhos, mas sim organizar-se para realizá-los. Afinal, para comprar alguns produtos, geralmente mais caros, parcelar o pagamento acaba sendo a opção.

Portanto, o caminho é estar consciente de que está assumindo um compromisso que afetará o seu orçamento, verificando com cautela se suas finanças comportam mesmo essa decisão.

Por mais que os juros tenham caído, eles ainda seguem elevados para o consumidor, de forma que financiar bens de consumo, sem avaliar bem as condições, não é recomendável. Ao invés de pagar a prestação, você pode poupar o valor e se programar para comprar o bem daqui a alguns meses.

Fonte: Finanças Práticas

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Orçamento: a ferramenta principal

A elaboração de um orçamento facilita o seu planejamento o que, por sua vez, permite que você alcance os seus objetivos financeiros de forma mais eficiente.

Que tal então pensar em orçamento como se fosse uma ferramenta? Pois é isso mesmo que ele é, listando a você despesas e receitas correspondentes a um determinado período (geralmente, o orçamento é mensal).

Da mesma forma que o computador ajuda você a executar suas tarefas do dia-a-dia e a dieta ajuda você a perder peso e gozar de uma saúde melhor, o orçamento ajuda você a adotar uma vida financeiramente mais responsável.

Dissocie a palavra orçamento da sensação de restrição, e pense no que pode alcançar com ele. Afinal, o que é um orçamento senão um plano de como pretende usar o seu dinheiro?



Fonte: Finanças Práticas

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Lazer: como definir quanto gastar?

A vida não é só trabalho. É importante, também, destinar um tempo para fazer o que se gosta. A diversão e a descontração tornam-se cada vez mais importantes no combate ao estresse, além de ajudarem na produtividade e até aumentarem a criatividade.

No entanto, é comum deixarmos de lado algumas atividades mais descontraídas por conta dos custos. Pois saiba que é possível se divertir sem prejudicar o bolso. A palavra de ordem é, mais uma vez, planejamento.

Como definir quanto gastar?
O primeiro passo para definir quanto gastar com atividades de lazer é incluir essa despesa na planilha de orçamento. Assim como habitação, saúde, educação, alimentação e transporte, o lazer também deve fazer parte do seu controle de gastos.

Para defini-los, é preciso determinar o que é considerado lazer em sua rotina. Muitos consideram academia, mensalidade do clube e até a assinatura da revista preferida como parte desta categoria. Inclua, também, os gastos variáveis, como o cinema, a viagem de fim de semana, a balada, o restaurante etc.

Uma dica, principalmente com relação aos gastos variáveis, é procurar listas os gastos da categoria nos últimos três meses e fazer uma média. Desta forma dá para estimar uma quantia mais precisa para esta finalidade.

Determinando os gastos e colocando tudo na planilha, é importante avaliar o quanto de sua renda está sendo destinado para essa categoria de despesa. Nesta hora é importante analisar os números com bom senso: será que os gastos com lazer têm comprometido demais as finanças? Quais são suas prioridades de gastos? É possível cortar algo?

A resposta a essas questões pode ajudá-lo a definir quanto gastar com lazer.

De acordo com o último Observador Cetelem, o gasto médio mensal com atividades de lazer ficou, em 2009, em R$ 44. Por classe social, os brasileiros da classe AB destinavam R$ 107 para este fim, seguidos da classe C, R$ 43; e da classe DE, R$ 17.

Supérfluo?
Mesmo necessário, o lazer é uma das primeiras despesas a serem cortadas em épocas de crise. De acordo com pesquisa da Quorum Brasil, após o segundo semestre de 2008, 74% dos brasileiros disseram que cortariam gastos com lazer, almoço fora, passeios e viagens para lidar com a crise financeira.

A resposta para essa atitude pode estar na definição de lazer, muitas vezes considerado supérfluo frente a despesas essenciais. No entanto, mesmo que o orçamento peça algum corte, é possível se divertir gastando pouco. Nessas horas, criatividade e uma boa pesquisa são fundamentais!
Fonte: Finanças Práticas

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Que tal aprender a poupar?

Quando alguém lhe fala em poupar, você logo pensa: "como, se não sobra nada no fim do mês?" Realmente, poupar não é uma tarefa fácil para a maioria das pessoas. Mas você não deve desistir diante do primeiro obstáculo, que pode sim ser superado.

Para se transformar em um poupador, você precisa estar preparado para uma mudança drástica na forma como se relaciona com o dinheiro. Poupar não é algo natural, instintivo. Você precisa aprender a fazer: exige certo esforço, mas vale muito a pena!

Como estarei daqui a alguns anos?
Infelizmente muitas pessoas só entendem a necessidade da mudança quando o problema já tomou proporções maiores. Em outras palavras, quando perdem o emprego ou se atolam em dívidas. Mesmo que sua situação não seja tão desesperadora, é preciso muito empenho para ser bem-sucedido na tarefa de poupar.


Reflita sobre o seguinte: se você não mudar a forma como administra o seu dinheiro, onde estará daqui a alguns anos? É bem provável que, ao fazer esta reflexão, você se conscientize que, se não fizer nada, não terá a aposentadoria dos seus sonhos. Talvez seja este o incentivo que falta para que você se convença da necessidade de se transformar em um poupador.

Nossa intenção, ao orientá-lo, não é transformá-lo em um "pão duro". O ideal é que você procure o equilíbrio. Isto é, adie alguns sonhos, mas realize outros no meio do caminho, para que não acabe desanimando.

Analisando a "relação"
Para se transformar em um poupador bem-sucedido, você precisa ter certeza de que seu esforço será compensado. Nada melhor para isso do que pensar nos seus objetivos e metas. O que, exatamente, você gostaria de alcançar? É importante que esta meta reflita os seus valores e necessidades, e não apenas desejos desenfreados de consumo.

Feito isso, é hora de "analisar" a sua relação com o dinheiro. Você sabe para onde ele está indo? Você está usando o valor de forma produtiva? Quais os fatores que levam você a gastar?

Escreva em um caderno tudo aquilo que gastou e o porquê desta decisão. É bastante provável que você consiga estabelecer uma relação emocional para os seus gastos, ou seja, é possível que você constate que gasta mais quando está triste, quando está estressado etc.

Crie o hábito de poupar
A maioria das pessoas gasta sem pensar, ou seja, consome por impulso. Por que não fazer o mesmo com a sua poupança? Como? Simples, imagine que você financiou seu carro, e agora, após longas 36 prestações, acabou de quitá-lo.

Será que não vale a pena investir o dinheiro que antes estava sendo gasto com o pagamento da prestação? Afinal, você já havia acomodado o seu orçamento para esta saída e, a menos que tenha uso melhor para o dinheiro, esta pode ser uma forma interessante de começar a poupar. Experimente!

Fonte: Finanças Práticas

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Como analisar e pagar a fatura do cartão de crédito?


Cada vez mais presente da vida do consumidor no Brasil e no mundo, o cartão de crédito, quando bem utilizado, pode ser um grande aliado do planejamento financeiro. Programar o pagamento de contas, parcelar sem juros etc. são alguns dos benefícios do plástico.

No entanto, para fazer do cartão uma ferramenta de auxílio ao orçamento, é importante saber analisar a fatura e pagá-la, sempre, sem atrasos e em sua totalidade.

A fatura
Assim como você analisa sua conta de água, luz ou telefone, é importante ficar de olho na fatura do cartão de crédito, entendendo seus gastos, programando seu pagamento etc.

Ao receber a fatura, é importante ficar atento a alguns dados:

•Valor total da fatura - se condiz com suas compras
•Valor em dólar - se condiz com suas compras no exterior
•Compras parceladas - para programar futuros pagamentos
•Pagamento anterior - se foi debitado corretamente
Analisar com cuidado esses dados facilita o planejamento e evita que débitos equivocados prejudiquem suas contas.

O limite
Além disso, analisar corretamente a fatura (principalmente com relação às compras parceladas) permite que você saiba, com maior certeza, o valor disponível em seu limite de crédito.

O que acontece é que, por desinformação, muitos consumidores consideram o limite do cartão como renovável mensalmente, ou seja, se você pagar a fatura hoje, automaticamente terá o seu limite totalmente disponível amanhã. O que não é verdade.

O limite do cartão de crédito leva em conta, também, suas compras parceladas. Por exemplo: se você tem R$ 2 mil de limite em seu cartão e comprou, em cinco vezes, uma geladeira no valor total de R$ 1 mil, significa que pode gastar no cartão somente mais R$ 1 mil.

Supondo que você não gaste mais nada no cartão nos próximos cinco meses, seu limite total só será restabelecido ao final do pagamento da última parcela. Ou seja, no ato da compra, o seu limite disponível cairá para R$ 1.000,00 e, mês a mês, após o pagamento da parcela de R$ 200, irá voltando ao montante inicial.

É importante saber utilizar corretamente o limite para não ter uma compra recusada, por exemplo, em uma emergência, por ter ultrapassado o valor.

O pagamento
Planejar-se para pagar suas contas em dia é essencial, e com o cartão de crédito não é diferente. Além de não incorrer em multas e juros, com o pagamento em dia é possível continuar o seu planejamento financeiro.

Além disso, evite pagar apenas o mínimo do cartão. Apesar de ser uma solução para períodos mais difíceis, ao pagar o mínimo há a incidência de encargos financeiros, o que pode deixar a conta ainda mais pesada nos próximos meses. Lembre-se: uso o crédito de forma consciente!
Fonte: Finanças Práticas