quinta-feira, 28 de outubro de 2010

As principais dúvidas sobre consórcios


Muitos consumidores optam por entrar em um consórcio para comprar o apartamento dos sonhos, um carro ou, até mesmo, eletrodomésticos. Mas como em qualquer tipo de investimento, são necessários cuidados na decisão. Confira as respostas para as principais dúvidas sobre consórcio e evite surpresas desagradáveis.

O que é um consórcio?
O consórcio nasce de uma união de pessoas físicas ou jurídicas que, com a ajuda de uma administradora de consórcio, abrem uma poupança em comum para a compra de bem, conjunto de bens ou serviço turístico por meio de autofinanciamento.

A cada mês os consorciados pagam uma mensalidade que, somada ao dos outros participantes, possibilita a compra de um bem. O consorciado pode ser sorteado para receber o bem ou dar lances durante a assembléia, que é a reunião mensal do grupo.

As administradoras de consórcio, que fazem a organização e administração desses grupos, devem, obrigatoriamente, ser registradas junto ao Banco Central, que fiscaliza e cria as normas para essa atividade no Brasil.

Será que essa é a melhor opção para mim?
A maior vantagem do consórcio é que os juros praticados são bem menores que os de um financiamento. Porém, não há como ter certeza de quando você vai ser contemplado.

"O consórcio é um investimento de longo prazo, pois enquanto você não tiver dinheiro suficiente para dar um lance ou não for sorteado, as mensalidades farão parte de seu orçamento. Logo, antes de optar por fazer um consórcio, planeje bem as suas contas", aconselha Maíra Feltrim, advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

Como escolher uma administradora?
O Banco Central oferece ferramentas que ajudam na escolha de uma administradora. Também há campo de busca para consultar a situação dessas empresas (veja aqui), ou seja, se elas estão realmente autorizadas pelo BC para formar grupos, se os consorciados estão recebendo os bens e de quanto é a taxa de inadimplência.

É interessante consultar o Procon de sua região para saber se existem reclamações contra a administradora. "Pedir indicações de amigos que fizeram consórcio também é uma boa forma de se informar", sugere Maíra Feltrim.

Fonte: Poupa Clique

Não fique na dúvida - Tenha suas escolhas bem definidas!


Na história de “Alice no País da Maravilhas”, há um momento em que Alice está perdida, tentando encontrar o coelho branco, quando à sua frente parecem várias bifurcações. Há placas indicando caminhos, mas, como Alice não conhece o lugar, fica pensando qual deles tomar. Neste momento, em voz alta, ela pergunta:

_ E agora, por onde vou?
De repente, aparece em cima de uma árvore, como num passe de mágica, um grande gato listrado (o famoso Gato Mestre), que interroga:
_Posso ajudá-la?
Alice assusta-se, mas, como não existe mais ninguém por ali que possa lhe dar alguma informação, questiona:
_Senhor Gato Mestre, eu só queria saber que caminho tomar.
O gato então lhe responde:
_Óh! Isso depende do lugar aonde quer ir.
E Alice novamente explica:
_Mas eu não sei para onde ir.
Então o Gato Mestre lhe dá a solução.
_Se você não sabe para onde ir, qualquer caminho lhe serve.

Essa história pode não passar de uma mera brincadeira ou diversão para crianças, mas, se pensarmos com atenção, é exatamente isso que acontece com a grande maioria das pessoas. Muitas não sabem aonde querem chegar e sem saber aonde querem chegar, fica difícil escolher um caminho. Podemos dizer que o primeiro passo para ter, ser ou conquistar alguma coisa é saber o que se quer. Pode parecer óbvio, mas vamos analisar algumas frases:

*Gostaria de ser rico.
*Quero melhorar minha qualidade de vida.
*Vou comprar uma casa maior
*Estou fazendo um regime para emagrecer
*Vou parar defumar
*Preciso de um emprego melhor ...Etc..Etc...

Para explicar, vamos escolher uma delas: Quero melhorar minha qualidade de vida, por exemplo. Para alguns, melhorar a qualidade de vida é poder ficar mais tempo com os filhos. Para outros, ainda, qualidade devida é poder viajar uma vez por ano ou simplesmente não ter de acordar cedo...Você percebe que uma mesma frase pode ter significados diferentes de acordo com quem a diz? E mais: quando perguntamos a alguém qual o seu objetivo de vida, ou meta de vida, precisamos fazer uma série de perguntas para entender o que realmente a pessoa quer. E sabe por quê? Porque a maioria ainda não parou para pensar o que realmente quer da vida. E, como na história de Alice no País das Maravilhas, senão sabe para onde quer ir, qualquer caminho serve...à primeira vista, pode parecer que as frases retratam alguns dos nosso principais objetivos, mas na verdade não passam de sonhos.




Fonte: Livro Finanças Pessoais - Maurício Galhardo

Como poupar e onde investir o seu dinheiro


Se você está interessado em poupar ou investir o seu dinheiro, convém entender as possibilidades que o mercado financeiro oferece. Os termos complicados e as inúmeras siglas confundem o possível investidor. Por isso, é preciso saber quais os tipos de aplicações disponíveis, assim como suas vantagens e desvantagens.

Com orientações de Claudemir Galvani, professor de economia da PUC-SP, traçamos um rápido perfil de investimentos em Poupança, Fundos DI e de Renda Fixa, além de previdência privada.

Poupança normal e programada
Prefira a poupança se a sua faixa de aplicação, o que você for guardar todo mês, for de R$100 a R$200. É possível depositar os valores todos ou meses ou programar a transferência da sua conta corrente para a poupança todos os meses.

Fundos DI
Os fundos DI são adequados para faixas de aplicações mais significativas, algo em torno de R$10 mil ou mais. Contudo, podem ser ótima opção para valores a partir de mil reais.

Trata-se de um investimento de curto e médio prazo. Para longo prazo, eles são importantes na composição da carteira do investidor (reserva). Os fundos DI são a aplicação com menor risco no mercado, são rentáveis e contêm em suas carteiras títulos pós-fixados do Governo Federal. "Pós-fixado" significa que o rendimento será definido no dia do resgate.

A rentabilidade do fundo DI varia de acordo com a taxa SELIC, que é definida uma vez por mês, seguindo uma série de fatores, como a flutuação das taxas de juros. Em agosto, por exemplo, o fundo DI rendeu 1,1%. O rendimento será definido no dia do resgate, em função da taxa SELIC.

Quem aplica em fundo DI paga imposto de renda mensalmente, que é de 20% sobre o total da renda gerada; o valor é debitado da conta. O investidor também paga CPMF (0,38%) quando o dinheiro sai da conta corrente para o fundo.

É recomendável não mexer no dinheiro aplicado nos primeiros 30 dias. Se isso ocorrer, o investidor paga IOF, uma taxa decrescente que pode variar de 0% a 60% de desconto. Após 30 dias, o saque é livre.
Leia coluna sobre vantagens de aplicar em poupança ou em fundos de DI

Fundos de Renda Fixa (prefixados)
Se você já tem aplicações nos fundos DI e quer variar o leque de investimentos, a próxima aplicação poderá ser em fundos de renda fixa (pré-fixado).
Esse fundo aplica em papéis com taxas de juros previamente definidas e conta com títulos públicos pré-fixados, com variação cambial, com IGP-M, além de títulos privados, como CDBs e Debêntures.
Os fundos de renda fixa (pré-fixados) buscam oportunidades de retorno em cenários com probabilidade de queda nas taxas de juros, normalmente apresentando rentabilidade superior ao CDI quando esta expectativa se confirma.
Isso porque, quando os juros caem, o rendimento predeterminado dos fundos de renda fixa se torna maior que a remuneração das aplicações pós-fixadas que acompanham a SELIC e, portanto, passam a render menos. As faixas de rentabilidade são variáveis: quando maior o montante, mais rentável.

Quem aplica em fundos de renda fixa também paga imposto de renda mensalmente, em alíquota de 20% sobre o total da renda gerada. O valor é debitado da conta.
Assim como nos fundos DI, é recomendável não mexer no dinheiro aplicado nos primeiros 30 dias. Se isso ocorrer, o investidor paga IOF, uma taxa decrescente que pode variar de 0% a 60% de desconto. Após 30 dias o saque é livre.

Previdência privada
O programa de previdência privada é bom para pessoas com até 30 anos que possam aplicar no mínimo R$100 reais todos os meses e não precisem do dinheiro em curto prazo. Por exemplo, é um péssimo negócio para quem pretende "juntar" dinheiro. Bom mesmo é apostar em longo prazo, no mínimo 25 anos. O pagamento mínimo é de 10 anos.

Em casos de emergência, o correntista pode sacar o dinheiro, mas perde-se muito quando feito nos primeiros anos. O rendimento é mensal (aumenta o valor da cota). O eventual saque antecipado é permitido, mas é descontada uma parcela significativa.

O IR só incidirá no resgate, e isso é uma vantagem, já que nas demais aplicações financeiras o IR é recolhido mensalmente.


Fonte: PoupaClique