Mas afinal, o que faz um planejador financeiro e por que ter a assessoria de um desses profissionais pode ser importante?
O
planejador financeiro tem como principal atribuição ajudar seus clientes a criar e implementar um plano financeiro que lhes permita atingir seus objetivos no curto , médio e longo prazo. Para a montagem desse plano, depois de definidos os objetivos, são examinados diversos fatores.
Os detalhes de um
plano financeiro são demasiadamente complexos para expor neste espaço, mais vamos passar pelos principais fatores que devem ser observados na montagem de qualquer plano financeiro: seguros, investimentos e sucessão.
Seguros: Esta é a parte menos óbvia do
planejamento financeiro e, infelizmente para aqueles que não lhe dão a devida importância, uma das mais importantes. Ter uma cobertura adequada para os indivíduos e seus bens é parte fundamental do processo de acúmulo de riqueza, pois a ocorrência de eventos não previstos (e não cobertos) nesta fase pode causar um grande prejuízo que coloque em risco todo o acúmulo de riqueza e, por consequência, o planejamento. Tipicamente são analisadas do ponto de vista de segurança e adequação as coberturas dos seguros de saúde, vida (e acidentes pessoais), residência, carros e outros bens de valor.
Inclui-se neste item seguro de vida, de saúde, sequestro, incaliez, incapacidade profissional entre outros.
Sucessão: Aqui devem ser alinhados os objetivos de longo prazo dos indivíduos e famílias com os planos de sucessão. No caso típico, o planejamento de sucessão pode não só evitar surpresas e despesas desnecessárias num evento de sucessão, mas também longos inventários e até brigas na família se bem planejados e executados. A utilização de veículos de investimentos alinhados com a sucessão é peça chave de qualquer plano financeiro, afinal a ideia é ter patrimônio para viver bem e passar para as próximas gerações.
Investimentos: A análise dos objetivos e do perfil de risco do cliente é o ponto de partida para esta que é, sem dúvida, a parte mais importante de qualquer plano financeiro. A escolha dos investimentos mais adequados passa, entre outros, pelos seguintes aspectos: perfil de risco, tributação, liquidez, rentabilidade e custos. A eficiência e a imparcialidade do planejador financeiro são da maior importância e têm grande impacto no retorno de longo prazo. Com a queda da taxa de juros reais observada no Brasil ao longo dos últimos anos, a escolha dos investimentos adequados para atingir os objetivos do longo prazo dos indivíduos e famílias passa a ser decisiva no sucesso de qualquer processo de planejamento financeiro.
Depois de preparado, amplamente discutido com o cliente e sua família e acordado, o plano financeiro deve ser implementado e monitorado constantemente, com ênfase especial na carteira de investimentos, para tomar ações corretivas sempre que ocorrerem desalinhamentos em relação ao plano original.
Também é importante revisar o plano, pelo menos uma vez por ano, ou quando houver qualquer alteração nos objetivos de longo prazo, uma vez que tais alterações podem ter impactos significativos sobre a implementação do plano.
Caso você esteja pensando “mas isso não é para mim!”, saiba que apesar do foco do planejamento mudar em função da sua situação financeira atual, renda e idade, o planejamento financeiro tem grande utilidade na vida de todos.
Valor Econômico em fevereiro de 2010 por Rogério Bastos